segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Brejo Grande

Brejo Grande é um município brasileiro localizado no extremo nordeste do estado de Sergipe, em zona de planície litorânea, junto a foz do rio São Francisco.


História

Os índios Tupinambás viviam na Ilha de Paraúna, doada a Antônio Cristóvão de Barros em 1590. Pertencendo inicialmente a Província de Pernambuco, passou em 1812 para a Capitania da Bahia, também graças à ação de José Alves Tojal, um homem local e influente que aterrou parte do canal do rio São Francisco, unindo a ilha à margem sul.
Em 1824, nos terrenos alagadiços da outrora ilha, perto da foz do São Francisco, migrantes alagoanos, pernambucanos e cearenses se estabeleceram e com o apoio do Barão Bento de Melo fundaram o povoado de Brejo Grande. Em 1826 houve no local um movimento pró-república, graças aos imigrantes pernambucanos que vieram para o povoado, mas que foi logo contido. Em 2 de outubro de 1926 foi desmembrado de Vila Nova (atual Neópolis) e elevado à categoria de cidade, com a denominação de São Francisco; em 1943 passou a chamar-se Parapitinga e somente em 1954 voltou a denominar-se Brejo Grande.

Geografia

O município tem um dos menores IDH do Brasil e o 3° menor do Estado. Possui temperatura média anual de 26 °C, e precipitação média de chuvas de 1200mm/ano.

Hidrografia

Ao sul o município limita-se com o oceano Atlântico e ao leste com o rio São Francisco. O canal principal do São Francisco mostra uma derivada à direita, quase junto à foz, conhecida como canal do Parapuca, que se estende por quase 30 km através de um manguezal de cerca de 10.000 ha, indo desaguar mais ao sul da foz principal. Esta segunda foz é bastante móvel, permutando em geral entre a costa à frente do povoado de Ponta dos Mangues (pertencente ao município vizinho de Pacatuba) e um trecho da costa conhecido como Costinha, mais ao norte, mas ainda cerca de 10 km da foz principal. A cada mudança da linha da costa, pelos efeitos dos ventos, marés e da força do rio São Francisco, a foz secundária abre-se em outro ponto. Há, como consequência, a destruição e a recriação de extensos trechos do manguezal próximo à praia e da vegetação às margens do oceano.
Nas margens do rio São Francisco havia uma aldeia de pescadores chamada pelos nativos de "Cabeço", que foi destruída pela invasão do mar (a diminuição da vazão do São Francisco devido ao seu represamento em 1994 para construção de Xingó, causou um desequilíbrio na foz entre as forças do rio e do oceano).



Hoje esse mesmo local é habitado por moradores que se deslocaram mas continuam habitando a mesma região, ainda que corram o risco de perderem novamente suas casas para o oceano.
O delta sergipano do Rio São Francisco é, portanto, quase todo pertencente ao município de Brejo Grande. Por sua formação geológica, o município é quase todo formado de dunas e restingas, entremeadas por lagoas e apicuns.

Povoados

Nas limitações de Brejo Grande são existentes diversos povoados,onde destacam-se:
  • Terra Vermelha
O povoado de Terra Vermelha, os moradores desse povoado mantém características dos invasores holandeses[carece de fontes?]: brancos;olhos azuis e loiros. Esse povoado é rico em belezas naturais. É dado o nome de terra vermelha por causa das características de seus habitantes, que em geral tem o rosto vermelho, causa da invasão holandesa no povoado, onde mora um pouco mais de 200 famílias.
  • Brejão
Localizado a leste da sede do município de Brejo Grande e a 130 km da capital Aracaju, seguindo pela BR 101 norte ( sentido Maceió) e a SE 306, Brejão é o maior povoado da região, com cerca de 3 mil habitantes é cercado por afluentes que deságuam na Foz do São Francisco. Possui umas das mais belas paisagens do litoral nordestino. Sua economia é baseada na cultura do coco, arroz, pecuária e turismo. Na década de 60, o comércio local entrou em crise,fato ocorrido também em outras cidades da região. Recentemente, o comércio está dando sinais de recuperação com a instalação de bares, restaurantes, lanchonetes e pequenas lojas. De acordo com o historiador e professor da Universidade Federal de Sergipe, Mauricio Neves, "a colonização em Brejão surgiu de forma espontânea, as pessoas atraídas pelas terras férteis foram chegando de diversos lugares e povoando a localidade. O povoado teve relevante crescimento nos últimos anos, foram abertos pequenos empreendimentos, alavancados pelo crescimento da economia local. Por ser um povoado com população considerável para os padrões interioranos, é famoso por suas festas tradicionais, a exemplo do Novenário de Nossa Senhora do Patrocínio, festejo bastante aguardado pela população que realiza-se sempre em novembro, atraindo muitos turistas vindos principalmente da capital e cidades circunvizinhas.
  • Saramém
Povoado localizado nas margens do Rio São Francisco, onde é habitado em sua maioria por pescadores que tiram o sustento do próprio rio. Esse povoado é pouco alagadiço se comparado aos outros .É famoso na região por suas festas de fim de ano e pelos turistas que querem banhar-se no "Velho Chico".
Quando o mar encobriu a vila do Cabeço, os moradores foram transferidos para Saramém. Na cidade, percebemos a preocupação com a força da água do mar. A força do mar vem comendo terra, tirando pedaços inteiros do barranco. O mar avança porque o São Francisco enfraqueceu. O volume de água que chega à foz começou a cair nos anos 80 com a construção, rio acima, de hidrelétricas que represaram a água. São nove hidrelétricas só no São Francisco, 33 somando todas as construídas nos afluentes. Para evitar nova tragédia, Saramém foi erguida longe da foz, a quase um quilômetro da margem do rio. Mas é na beira do São Francisco que tudo continua acontecendo. Na Ilha do Cabeço, todos viviam da pesca. Em Saramém, foi preciso improvisar. Os moradores revelam que agora a comunidade vive de pesca e turismo.
  • Farol do Cabeço
A partir de 1876 e durante muito tempo, o navegante que chegasse pelo mar à foz do Rio São Francisco sabia que podia confiar em um ponto de referência sólido, que estava lá sempre, piscando a noite inteira, indicando o caminho: é o Farol do Cabeço. Hoje, ele está fora de combate. Praticamente, metade dele está debaixo d’água. A água do Atlântico avançou sobre a foz do São Francisco e hoje ele foi substituído por outro farol, que fica do lado alagoano. O velho farol ficava na Ilha do Cabeço, em uma comunidade sergipana, que se chamava Cabeço e que hoje está totalmente submersa. Em 1988, metade do vilarejo já tinha sumido. Em 2000, saíram os últimos moradores. Fora d’água ficaram só a ponta do farol e um pequeno pedaço mais alto da ilha, que não era habitado.





A Foz.













59ª cidade: km 2768 ( partindo do km 0 em sua nascente em Minas Gerais)– Piaçabuçu-AL, na margem esquerda. É a última cidade banhada pelo São Francisco, o “Grande Rio”, que após caminhar pouco mais de duas léguas abandona o continente, misturando suas águas doces com as águas salgadas do “Mar Oceano”.  Altitude: 3 metros.
Quilômetro 2781 – Foz do rio São Francisco no oceano Atlântico, nos locais conhecidos como Pontal, em Piaçabuçu-AL e Cabeço, em Brejo Grande-SE. Altitude: zero.





Piaçabuçu é um município do estado de Alagoas, no Brasil. Tem uma população de 19 087 habitantes (2011) e um território de aproximadamente 293 quilômetros quadrados (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2007). Sua altitude média é de cinco metros acima do nível do mar, e tem uma temperatura média de 22 graus Celsius. O município situa-se entre o oceano Atlântico e Rio São Francisco, que o presenteia com o conjunto de belas praias urbanas. É conhecida como a "Capital Alagoana das Palmeiras".

História

Ocupação ameríndia

Até por volta do ano 1000, a região atualmente ocupada pelo município de Piaçabuçu era habitada por índios do tronco linguístico macro-jê. Nessa época, a região foi invadida por povos tupis provenientes da Amazônia, que expulsaram os habitantes originais para o interior do continente.[7]

Chegada dos europeus

No século XVI, quando os primeiros navegadores europeus chegaram à região, ela era habitada pela nação tupi dos caetés, que, nesse mesmo século, seria escravizada pelos colonizadores portugueses.[7] Criada como freguesia em 1859, Piaçabuçu foi elevada a vila e município em 1882, tendo sido desmembrada de Penedo.

Período imperial

Piaçabuçu foi visitada em 1859 pelo imperador brasileiro dom Pedro II, que, inclusive, participou de festas na cidade antes de seguir viagem para outras cidades.

O ciclo do arroz

Já em 1834, principiou o cultivo de arroz em Alagoas, no vale do rio São Francisco, e, após a Independência do Brasil (1822), o cultivo de arroz ganhou força nas terras da região do baixo São Francisco, entre outras, enriquecendo rapidamente cidades como Piaçabuçu, Penedo, Igreja Nova. Até hoje, Piaçabuçu é a segunda maior produtora de arroz de Alagoas.

Localização

Localizada na parte sul da faixa litorânea do estado de Alagoas, inserida na mesorregião do Leste Alagoano e microrregião de Penedo, o município de Piaçabuçu ocupa uma área de aproximadamente 293 quilômetros quadrados e dista 135 quilômetros da capital estadual, Maceió.

Geografia

Piaçabuçu está situada ao sul do estado de Alagoas, na divisa com o estado de Sergipe, e caracteriza-se por suas águas calmas e areia fina e escura. Destacam-se as extensas formações de dunas encontradas por toda a praia, especialmente na desembocadura do rio São Francisco. Seu acesso é feito através da Praia de Pontal do Peba ou em barco desde a cidade de Piaçabuçu. É conhecida por ser um dos lugares mais importantes de desova das tartarugas-marinhas que habitam nas costas brasileiras e que estão protegidas pelas leis do país.
Sua população estimada em 2004 era de 19 704 habitantes. Piaçabuçu conta com 3% de famílias da classe alta, 59% de famílias da classe média alta e 32% da classe média ou baixa.

Economia, o arroz, a pesca e a cana-de-açúcar. Piaçabuçu também tem o maior banco de camarão da Região Nordeste do Brasil e é um importante polo pesqueiro.

Ficheiro:Deserto de areia em alagoas.jpg
Faixas de areia de Piaçabuçu

Coqueiros em Piaçabuçu

Piaçabuçu é um dos maiores bancos de camarão do Nordeste do Brasil

Turismo

Grande parte da economia da cidade gira em torno do turismo, em especial do passeio ofertado por diversos barcos particulares à foz do Rio São Francisco, que banha a cidade. Um dos mais famosos barqueiros locais é conhecido como o Delta do São Francisco. Um dos maiores atrativos turístico de Alagoas fica em Piaçabuçu, na foz do rio São Francisco, cenário de indescritível beleza quando suas águas se encontram com o mar. Com dunas de areias claríssimas e várias lagoas de águas mornas.

Instituições financeiras

A cidade conta com duas agências bancárias, pertencentes ao Banco do Brasil e Bradesco



Praias



O litoral de Piaçabuçu possui duas extensas praias: a praia de Pontal do Peba e a praia do Peba, que se estendem desde a Vila de Pontal do Peba até o Pontal da Barra. Caracterizam-se pela sua areia fina e escura e pelas dunas paralelas à praia que recobrem toda sua extensa costa, destacando-se as localizadas na desembocadura do Rio São Francisco. São praias frequentadas pelos admiradores dos extensos calçadões, graças a seus dezoito quilômetros de areias contínuas, as mais extensas do Estado de Alagoas e das maiores do Brasil. Todo seu ambiente é uma importante área de preservação de tartarugas-marinhas e aves migratórias.[8]



Pontal do Peba

Pontal do Peba

A praia tem uma extensão de 13 quilômetros e situa-se ao sul do povoado pesqueiro que lhe dá o nome. De areia fina e águas tranquilas, é uma praia bastante frequentada pelos amantes das longas calçadas às margens do Oceano Atlântico. Destaca-se por sua boa infraestrutura com pousadas, bares e restaurantes. Durante todo o ano, realizam-se, nas suas imediações, numerosas atividades, entre as quais merecem ser mencionadas a gincana de pesca de arremesso, em novembro, e o festival da Pilombeta, em setembro.

Arquipélago

Piaçabuçu também possui o maior e mais lindo arquipélago em Alagoas: é formado por 9 ilhas, as quais somam quase quatro quilômetros de extensão, banhadas pelo rio São Francisco.

Cultura

A cidade possui a Banda de Música Euterpe São Benedito, juntamente com a Escola de Música Mestre Francelino, ambas situadas na Praça Centenário próximo aos correios, onde desenvolvem um trabalho educativo para as crianças e jovens de Piaçabuçu oferecendo aulas de músicas gratuitas para todos e incentivando os jovens a entrar no mundo da música. É uma banda centenária conhecida em todo Estado de Alagoas. Através dessa banda, temos vários músicos em destaque na Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Exército.
A Associação Amigos de Piaçabuçu foi criada em 1999, passando por duas reformulações estatutárias, uma em 2003, quando adota o nome fantasia de Olha o Chico e outra em 2009, modificando sua forma administrativa de presidencialismo para gestão compartilhada.
Em 2006, a Olha o Chico tornou-se um Ponto de Cultura (Programa Cultura Viva / MinC) e alguns encontros nessa rede de cultura foram decisivos para sua trajetória: a Ação Griô e o Turismo de Base Comunitária.
A pedagogia griô e o turismo de base comunitária são norteadores das ações de formatação para as trilhas que compõem o "Caminhos do Rio São Francisco", onde se cultivam conhecimentos populares, vínculos afetivos, ancestralidade e identidade ribeirinha e brasileira.

Festividades

  • Bom Jesus dos Navegantes (fevereiro)
  • Emancipação política (31 de maio)
  • Casamento do Matuto (Julho)
  • Festival da Pilombeta (setembro)
  • Festival do Coco (data móvel)
  • Padroeiro São Francisco de Bórgia (10 de outubro)
  • Dia dos Evangélicos (Primeira Semana de Setembro)
  • PiaFébuçu (data móvel)
  • Gincana de Pesca e Arremesso (novembro)



Referência:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pia%C3%A7abu%C3%A7u



Brejo Grande

Brejo Grande é um município brasileiro localizado no extremo nordeste do estado de Sergipe , em zona de planície litorânea, junto a foz ...